sábado, 23 de junho de 2012

- T.B ...


E maiis uma vez, eu abri uma págiina sua de uma rede sociial e fiiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquiilo, você não tem idéia. Mas das ultiimas vezes, infeliizmente não era sorriindo que eu olhava, era com desaniimo, com saudade e mágoa miisturadas. Porque você tiinha que morrer? Porque você tiinha que matar tudo que eu sentiia? Me obriigar a morrer também. Me obriigar a fiingiir estar viiva pra todo mundo. Me obriigar a não chorar, quando tiive vontade de chorar. Vontade de te esmurrar, te diizer que você é um idiiota, um babaca, um cretiino, um fraco, nunca passou diisso. Nunca uma piiada sua foi engraçada, nunca você me surpreendeu. Nunca. Mas eu não consiigo deiixar de pensar em você, a cada diia, a cada ato meu. E quando eu procuro outras pessoas, eu procuro imagiinando você me vendo. E tendo ódiio de miim. Porque eu quero que siinta ódiio. Porque ódiio siigniifiica alguma coiisa, e é melhor que indiiferença. Você que já foi tudo, já foi miinha esperança, foi meu futuro imagiinado, hoje não é nada. Não passa de uma foto numa rede sociial. Se eu viivo bem sem você, porque eu contiinuo te olhando? Porque eu sempre volto aqui? Porque eu ouço musiicas que falam de triisteza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu contiinuo fazendo. Como uma ceriimôniia de luto, eu siigo a riisca. Mas acontece que você não morreu de verdade, do jeiito que eu preferiia que morresse. Você está ai viivo, viivendo sua vida, fazendo suas coiisas, feliiz, tranqüiilo, sem sentiir miinha falta, sem olhar miinha foto em rede sociial. Porque eu não consiigo? Porque você não podiia ser alguém? Eu esperei muiito de você? Não. Eu não esperei nada, eu entendi tudo, eu entendiia o que niinguém entenderiia. Eu respeiitei. Eu fiiz como você quiis. Tudo. Eu me anulei. Eu deiixei de me amar, pra todo meu amor ser só seu. Eu voltei atrás. Eu chorei, eu pedi desculpas, eu agüentei besteiiras. Agüentei tudo. Ajuntando do chão, miigalhas do seu cariinho, migalhas do seu amor. Do seu jeito explosivo e calmo. Um dia me amando como se a terra fosse acabar depois da meia noite. No outro diia um desconheciido me pediindo pra tratá-lo como qualquer um, por favor. Você é meu personagem favoriito. O dono de todos os meus textos, de todas as miinhas hiistóriias. O dono da curviinha das miinhas costas. E eu tenho que diizer isso agora, só pra uma foto numa rede sociial. Porque você morreu na miinha viida. Você pediiu demiissão, seu cargo era o de presiidente, era membro honoráriio do conselho, tiinha tapete vermelho e eu me vestiiriia até de secretáriia se te agradasse. E você pediiu demiissão, sem aviiso préviio nem nada. Me diiz agora? Como viiver bem? Como sobreviiver, sem essa ponta de angustiia? Eu sou feliiz, cara. Eu sou feliiz demais. Mas eu sou infeliiiz demais, quando penso em você. Quando penso no que poderiia ser, no que poderiia ter siido. Eu sei que não dá. Eu nem quero que dê. Não quero maiis. Mas não sei o que fazer com esse nó. Vai passar né? Eu sei. Com o tempo eu não vou maiis olhar sua foto, nem sofrer, nem pensar o quanto é infeliiz tudo o que aconteceu. Tomara que passe logo. Porque a vontade de te ressusciitar as vezes, me domiina.

2 comentários:

  1. Trate essa dor da mesma forma que vc foi tratada, com o esquecimento. Cresça e posteriormente veja o quanto vc amadureceu e quão abaixo de vc quem te inferiorizou está. Não alimente mais esse sofrimento menina.

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  2. Vc me fez chorar com sentimentos tão puros e sinceros ,

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