domingo, 25 de maio de 2014

- Duas liinhas horizontaiis ...




No ápiice, em seu momento máxiimo e pleno, o desassossego vêm. 
Todos aos redor com olhar estupefato, afinal todos te querem bem , mas não melhor que eles. 
O impreviisível , se não estiivessem presentes , não acrediitariiam. 
Dentro dos corações dessa platéiia incrédula, gargalhadas siilenciiosas preenchem cada miilímetro desse espaço maldoso.
 O coração, que necessita da pulsação para sobreviiver, pede para que todos os órgãos se recusem a contiinuar por essa luta diiáriia que é permanecer viivo ... 
Ela que se doou, sente no fiinal da saliiva um gosto amargo, no fundo do olhar, não se sente a presença viibrante do contentamento, seu corpo arrepiado é siinal do desgosto, indicador do desprazer ... 
Ela que se enfeiita, mas que interiiormente é subversiiva, é estrutura ruída. 
Dos olhos não brotam maiis lágriimas, da garganta nem siinal do eco, muiito menos do griito ... 
Chove lá fora, e dentro dela, chove também ... Respiirar não é tão comum quanto se pensa, ela sente todo seu corpo perfurado, é em vão recorrer a alguém, é necessáriio ocultar, é necessário desmontar, e aceiitar a derrota ... 

- E porque mexer na ferida se já conhecemos a dor ?

Porque a viida é isso, é arrancar a casca da feriida diiariiamente para ver a quantas anda a ciicatriização.
 É mexer no machucado só pra sentiir que aiinda não sarou, sentiir que aiinda dói. 
E são com essas sensações doloriidas que aprendemos a carregar nossas marcas da viida. 
Não que sejamos sadomasoquiistas,  mas o siintagma da viida é esse.  
Até porque , quando você vê a feriida, você logo realiiza uma associiação ao aconteciimento.
 Não sejamos burocrátiicos em diizer que desejamos apagar de nossa memóriia tudo que nos causa dor, até porque, são nossos temores e angústiias, viinculados diiretamente a dor que nos tornam um ser maiis humano diiariiamente .